05 setembro 2012

Antes era assim... Agora...


Antigamente, eu passava os dias a chorar e a lamentar-me.Sentia-me sozinha, excluída, diferente. incompreendida e não tinha nada nem ninguém a quem contar isso.
Não era capaz de falar com a minha família, nem com colegas. Tinha sempre o pressentimento que a partir do momento que eu abrisse a boca me voltassem a julgar, a humilhar.
Nem com a minha família eu sentia que podia contar. E eles sempre me disseram "Os amigos vão e vêm, mas a família está sempre cá", mas eu sempre senti como se a minha família não estivesse lá.
O meu pai estava sempre "ocupado" e quando eu precisava dele para ajudar-me com tpc's despachava-me para a minha irmã. A minha mãe estava sempre cansada e não gostava de a chatear com coisas fúteis. E a minha irmã, bem, ela ou estava ocupada ou não me prestava atenção. Foram estes pequenos detalhes que me deram a intender, na minha mente inocente, que não podia contar com eles. E com o tempo, comecei a perder confiança com eles e ganhei à ideia de que não tinha ninguém com quem falar. E as desilusões que eles criaram ficaram marcadas em mim, como se fossem um aviso. Agora, já não sou capaz de mudar as coisas, tentei, mas não consigo!
Ainda temos momentos bons juntos, mas já não sinto aquela união que devia sentir. Dizem para eu dar graças à família que tenho, dizem sempre que têm uma família pior que a minha, mas ninguém sabe metade do que passo ou sinto. À 3 anos que me fechei, e à 3 anos que perdi a capacidade de me abrir. Quando tento abrir-me nunca sinto-me melhor, pelo contrário. Normalmente, quando tento exprimir-me sou julgada e criticada. Tenho amigas que passam a vida a rir-se de tudo e quando eu tento desabafar riem-se. Pode não ser por mal, mas não gosto, faz sentir-me como se voltasse a ser o bobo. Elas não sabem o que é ser o bobo, elas não sabem o que é ser humilhada todos os dias, rebaixada.
Antes, eu era gozada pela mesma pessoa todos os dias e as pessoas à minha volta riam-se com ele. Depois habituaram-se à ideia de que eu era o bobo e usavam-me para se rirem. Em 4 anos de gozo apenas houve uma pessoa que me fez sentir melhor no meio desse grupo. 
É engraçado quando são os outros a serem os bobos, mas quando somos nós a história é outra e desde que me apercebi de que parte da história eu fazia parte, fiz um pacto comigo mesma :

"Esquecer tudo e todos
Para amanhã sorrir
Aprender com os bons
Para quando partir!"
(Significa, ignorar todos aqueles que me tratam mal e sorrir-lhes, estudar e ser a melhor, para quando acabar os estudos ser ALGUÉM e olhar para baixo, que será onde eles estarão.)

E finalmente poderei começar a segunda parte do meu pacto, estudar e ser a melhor. Agora é que poderei começar a ser alguém e no final, "vingar-me"!

9 comentários:

  1. É que é mesmo *o* Não sei, não gosto, são muito "moles", não fazem nada. Passam a vida a andar e são muito assanhados. Opah não sei, nao gosto xD

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  2. // tenho novo post no blog de fotografia, será que podes passar por lá e clicar no "gostei" se gostares das fotos? mas se tiveres alguma coisa a dizer por favor comenta no outro blog, obrigada (:

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  3. Também acredito nisso; eu acredito em praticamente em tudo o que é "sobrenatural" ou que a ciência não consegue explicar, tal como neste meu último post me referi a "numa outra vida", é nisso que eu acredito. Não teria sentido vivermos só uma vez, pois não? :)

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  4. Quando não está eu arranjo maneira de estar (:

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  5. eu também a adoro e retrata-me mesmo na perfeição :)
    isso é verdade, e eu agora tive sorte de encontrar essa pessoa com paciência para mim, mas falo mesmo em termos de amizade, sou muito complicada :x

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  6. É mesmo, há tanta coisa que desconhecemos no universo :)

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  7. gostei imenso *-*
    Sigo o teu blog :) , visita o meu e dá a tua opinião: http://castrodanniela.blogspot.pt/

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  8. Sim é verdade. Mas sinto que já o perdi :'c

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